O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, nesta terça-feira (8), que o foco da equipe de transição do futuro governo e seus representantes agora no Parlamento é na questão social e em não interromper o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil.
“O foco todo é a questão social. Não interromper o pagamento dos R$ 600 [do Auxílio Brasil], que a população precisa, é a população mais sofrida e os R$ 150 por criança de até 6 anos”, disse.
“A outra é não interromper serviços públicos importantes. O remédio para quem precisa, doentes com doenças crônicas, o atendimento educacional, o tratamento do câncer e não interromper obra. […] E, de outro lado, um investimento mínimo, porque o investimento público atrai o investimento privado, e ajuda a economia a crescer.”
Alckmin reforçou a manutenção dos R$ 600 do Auxílio Brasil, porque a proposta do orçamento para 2023 enviada ao Congresso Nacional pelo governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) prevê o pagamento mensal da ajuda no valor de R$ 400. Parlamentares da CMO e ligados a Lula também avaliam que recursos para investimentos e outros serviços são insuficientes.
Alckmin se reuniu nesta terça, na Câmara dos Deputados, com o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Celso Sabino (União Brasil-PA), o relator do orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB-PI), e parlamentares alinhados ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antes, se encontrou com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, em suas residências oficiais, também em Brasília. Alckmin comentou que a conversa com Lira foi “muito boa”.
A intenção foi discutir o texto para viabilizar esses pontos e outras promessas de campanha de Lula a partir de 2023. A equipe de transição ainda não decidiu o formato de sua apresentação oficial. A tendência é que seja apresentada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e que o texto comece a tramitar pelo Senado.