Após a derrota na eleição presidencial, Jair Bolsonaro (foto) segue despachando do Palácio da Alvorada e evitando eventos públicos. O chefe de Estado, que adotou o silêncio depois do resultado do pleito, delegou a Hamilton Mourão, seu vice, a tarefa de receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros. A cerimônia, que costuma contar com a participação do presidente da República, foi realizada mais cedo no Palácio do Planalto.
Como mostramos na semana passada, Bolsonaro foi diagnosticado com erisipela na perna esquerda. A infecção começou após uma ferida causada por queimadura de moto. O tratamento está sendo feito com o uso de antibióticos e repouso.
Diante do silêncio de Bolsonaro, Mourão disse que não passará a faixa de presidente para Lula, caso ele se recuse a fazer isso. Em entrevista ao Valor Econômico, o senador eleito pelo Rio Grande do Sul afirmou que a passagem do adereço “é do presidente que sai para o presidente que entra”.
“Não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, qualquer um pode ir ali e entregar”, acrescentou Mourão.
A falta da solenidade não é impeditiva para a posse de Lula, marcada para 1º de janeiro. Como noticiamos, caberá à nova primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a organização da cerimônia.