Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não irão ao Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (1º), para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os magistrados devem se reunir ainda nesta terça para decidir uma posição conjunta sobre a conduta de Bolsonaro, que ainda não se manifestou desde a derrota nas eleições para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Interlocutores do presidente informaram à CNN que Bolsonaro quer expor o que achou de “falta de equilíbrio” de alguns integrantes do Tribunal Superior Eleitoral sobre a condução do processo eleitoral no último domingo. Oficialmente, o STF não confirma.
Os analistas da CNN Basília Rodrigues e Gustavo Uribe também haviam antecipado que o encontro enfrentava resistência da maior parte dos ministros da Suprema Corte.
Em conversas reservadas, integrantes da Corte têm defendido que, em caso de comparecimento a um encontro no Palácio da Alvorada, isso ocorra apenas depois de o presidente reconhecer publicamente o resultado do segundo turno.
O receio é de que um encontro anterior ao pronunciamento do presidente pode gerar desgaste na imagem da Suprema Corte, caso Bolsonaro questione a lisura das urnas eletrônicas.
Nesta madrugada, ministros do STF confirmaram a decisão de Alexandre de Moraes de desbloqueio das rodovias estaduais e federais.
Como a CNN divulgou mais cedo, um dos integrantes da Suprema Corte afirmou, reservadamente, que essa foi “uma forma de tentar barrar intenção golpista”.
Segundo interlocutores do presidente, o convite de Bolsonaro aos ministros é uma tentativa de o presidente expor o que achou de “falta de equilíbrio” de alguns integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a condução do processo eleitoral no último domingo.
Desde domingo (30), após o resultado da votação, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro está em silêncio e recluso no Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente.