Fontes do governo americano informaram à coluna que, mesmo sem ter tomado a vacina contra a Covid-19, Jair Bolsonaro entrou de forma legal nos Estados Unidos, em todas as vezes que foi ao país como presidente da República após o início da pandemia.
Segundo essas fontes do governo americano, como chefe de Estado, Bolsonaro se enquadrava na lista de pessoas que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos permitia entrar no país sem comprovação de vacinação completa contra o novo coronavírus.
A mesma lista de exceções do CDC também abarca a filha mais nova do ex-presidente, Laura Bolsonaro, de 12 anos. Segundo as regras do órgão, pessoas menores de 18 anos de idade também não são obrigadas a comprovar que são vacinadas para entrar em território americano.
As viagens de Bolsonaro aos Estados Unidos passaram a ser alvo de suspeitas nesta quarta-feira (3/5), após a Polícia Federal deflagrar uma operação para investigar a adulteração do cartão de vacinação de Bolsonaro, de sua filha e de auxiliares do ex-presidente.
Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. O objetivo seria emitir certificados falsos de vacinação para terem acesso a locais onde a imunização era obrigatória.