O presidente Lula iniciou sua viagem à Europa, mas deixou uma orientação: o governo deve fazer barulho para que a taxa básica de juros (Selic) seja reduzida. Resultado: todos se viraram contra o Banco Central.
Nesta terça-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou a reunião que definirá a manutenção ou não do índice em 13,75% ao ano.
Lula está em Roma, mas três integrantes do alto escalão do governo já se manifestaram publicamente: o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; o presidente em Exercício, Geraldo Alckmin; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O coro contra o Banco Central e o chefe da instituição, Roberto Campos Neto, é a forma que o governo encontrou para pressionar a redução da taxa de juros.
Nos embates, ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) já fizeram declarações contra Campos Neto e os juros. O PT está com uma campanha popular sobre o assunto.