A polícia da Colômbia informou neste domingo que dois jornalistas foram mortos quando voltavam da cobertura de uma festa popular na região caribenha do país.
Durante a madrugada, os repórteres viajavam de carro entre os municípios de El Copey e Fundación quando foram abordados "por dois criminosos em uma motocicleta" que "dispararam com uma arma" contra Leiner Montero Ortega, de 37 anos, e Dilia Contreras Cantillo, de 39 anos, disse o coronel Andrés Serna, comandante da polícia de Magdalena.
Ambos os jornalistas trabalhavam no portal Sol Digital de Fundación, no norte da Colômbia.
O ataque também deixou um ferido "que está recebendo atendimento médico", explicou Serna, que não especificou se também é jornalista.
Um vídeo publicado na noite de sábado (27) na página do Sol Digital no Facebook mostra várias pessoas reunidas nas festas populares do município de Santa Rosa de Lima, a cerca de 16 km de Fundación.
De acordo com as primeiras investigações, o ataque estaria relacionado a um "ato de intolerância" durante a celebração, expressão usada pelas autoridades colombianas para se referir a discussões e agressões físicas.
Mas a Flip (Fundação para a Liberdade de Imprensa) pediu às autoridades que "considerem o trabalho jornalístico de Leiner e Dilia", que também era diretora do portal La Bocina.
Segundo o relatório mais recente dessa ONG colombiana, a violência contra jornalistas no país aumentou em 2021, e 768 profissionais foram vítimas de algum tipo de agressão, incluindo assassinato.
Desde a assinatura do acordo de paz com a ex-guerrilha das Farc em 2016, dez repórteres foram assassinados. A Colômbia ocupa o terceiro lugar entre os países mais perigosos para o exercício da profissão na América Latina, atrás de Venezuela e México, segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras.