Como registramos mais cedo, Alexandre de Moraes acaba de criar, em parceria com a Polícia Militar, um “núcleo de inteligência” para “instrumentalizar o enfrentamento à violência política no processo eleitoral de 2022”. A ideia surgiu em recente reunião do presidente do TSE com os comandantes das PMs.
Uma portaria editada na terça-feira 30 diz que o grupo terá como atribuições “coletar dados e processar informações de interesse da segurança pública”. Segundo ele, “há necessidade de ações permanentes de inteligência com a finalidade de identificar ameaças à normalidade do pleito”.
O núcleo será formado pelo próprio Moraes, além de três representantes do TSE (Marco Antonio Martin Vargas, Eduardo de O. Tagliaferro e Roberto Allegretti) e do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais da PM (os tenentes-coronéis Waldicharbel Gomes Moreira, do Distrito Federal; Lázaro Tavares de Melo da Silva, de Minas Gerais, e José Luís Santos Silva, da Bahia).
A forma de atuação do grupo ainda não foi definida, mas, pelo texto, percebe-se que o escopo de atribuições será amplíssimo. Não causará surpresa se todas as atas das reuniões do grupo forem mantidas em sigilo e que o Ministério Público Eleitoral permaneça excluído da iniciativa, marcas dos inquéritos políticos relatados pelo ministro no Supremo.