Em encontro com o governador em exercício, Walter Alves (MDB), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) apresentou, nesta quarta-feira (19), as demandas de produtores rurais do Rio Grande do Norte em relação às preocupações com a possibilidade de invasão de 11 áreas pelo MST. O debate ocorreu a portas fechadas e contou com a participação do Incra, da Sape e da Sedraf. O presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Faern), José Vieira, disse que conversou com um dos participantes da reunião e afirmou que espera serenidade por parte do Governo para que qualquer agressão ao setor agropecuário seja evitado.
“O que me foi dito é que a reunião foi muito proveitosa, no sentido de o Governo entender que é preciso tranquilidade para evitar agressões. E é isso que nós esperamos. Vamos continuar insistindo que é necessário vigilância. A polícia precisa monitorar esse movimento. O setor agropecuário segue atento e vigilante”, descreveu José Vieira. Na terça-feira (18), a Faern, em conjunto com produtores rurais, pediu que a Sesed levasse ao Executivo estadual o receio em relação às prováveis ocupações.
“As demandas dizem respeito à garantia do direito e da ordem, para que não ocorram invasões”, disse o presidente da Faern. Segundo ele, no entanto, não houve retorno sobre qualquer garantia após a reunião desta quarta. “Não nos foi prometido nada”, disse. A TRIBUNA DO NORTE procurou o Governo do Estado para comentar o assunto, mas ninguém respondeu às tentativas de contato. A reportagem apurou, contudo, que a questão será analisada pela governadora Fátima Bezerra (PT), que retorna ao Estado nesta quinta-feira (20), após viagem à China.
Na terça-feira, o titular da Sesed, coronel Franciso Araújo, afirmou que aguardava informações do Incra, da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca e da Sedraf para planejar ações de segurança referentes à questão. “Estamos recebendo as informações e, com a soma delas, nós vamos planejar ações para garantir a segurança das pessoas”, explicou o secretário.
José Vieira, da Faern, disse que não há detalhes sobre mapeamentos em relação às supostas invasões, que foram prometidas para ocorrer a partir da próxima sexta (21). “Não tenho ciência de nenhum mapeamento, mas a gente sabe que a região do Mato Grande é a mais sensíve. Não temos nenhuma notícia de invasões”, declarou.