Preso na semana passada pela PF na operação que mirou supostas fraudes em cartões de vacinação, o tenente-coronel Mauro Cid (foto), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, passou a ser investigado por lavagem de dinheiro. Durante a ofensiva, deflagrada na semana passada, agentes encontraram US$ 35 mil em dinheiro vivo no cofre na casa do militar. A TV Globo divulgou ontem imagens que mostram a apreensão.
Depois, a Polícia Federal seguiu os rastros do dinheiro e descobriu que Mauro Cid tem uma conta bancária em Miami, de onde teria sacado os dólares em março. Segundo a emissora, a próxima etapa da apuração é conseguir a quebra de sigilo dessa conta para obter detalhes sobre sua movimentação financeira.
À GloboNews, Rodrigo Roca, advogado de Mauro Cid, negou que o ex-auxiliar de Bolsonaro tenha cometido irregularidades.
“Esse dinheiro não vem de cueca ou mala, vem de trabalho. É fato conhecido que todo militar que faz missão no exterior tem em seu favor aberta uma conta bancária no Banco do Brasil em Miami. Lá são depositados os soldos, foi comprovado imediatamente. Essa verba sequer poderia ter sido apreendida”, disse ele, após a operação.
Mauro Cid segue preso no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro.