A Comissão Parlamentar de Inquérito do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) aprovou na tarde desta terça-feira (20) a convocação do presidente do movimento, João Pedro Stédile, por 16 votos a 6. Além dele, os congressistas também aprovaram a convocação do presidente da FNL (Frente Nacional de Luta), José Rainha.
Congressistas da oposição votaram contra retirada de pauta dos requerimentos para convocar ambos os líderes. Já deputados governistas votaram pela retirada, pedindo para que Stédile e Rainha só fossem convidados –o que torna facultativa a ida ao colegiado– por conta da “diplomacia”.
Com a convocação, ambos são obrigados a comparecer à sessão na Câmara dos Deputados. Ainda não há data definida para os depoimentos.
Segundo o autor dos requerimentos e vice-presidente da comissão, deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), a convocação tem o objetivo de “esclarecer” a atuação de ambos os líderes.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), voltou a argumentar que a comissão tem um “relatório pronto”, com o objetivo de criminalizar o movimento. “As posições do relator e da maioria dessa comissão já tratam o MST como um criminoso”, declarou.
Essa não é a 1ª vez que os governistas tem pedidos rejeitados pela comissão. Até o início da CPI, todos os 4 requerimentos rejeitados pelos congressistas eram do PT.